Por Práxis 10/01/2010 às 12:05
Para desespero da "esquerda" tradicional e pelega, foi o próprio Prestes que admitiu isso em seu livro de memórias ditado aos jornalistas Dênis de Moraes e Francisco Viana, intitulado "Prestes: lutas e autocríticas" (Editora Mauad). O livro é de 1982 e surpreende que esse trecho não seja divulgado e discutido.
Lá pelas páginas 58, 59 e 60 do livro (edição de 1997), Prestes revela que, durante seu "exílio" na Argentina, em 1928-1930, trabalhou como diretor numa multinacional do ramo da construção que atuava na Argentina, no Uruguai e no Brasil. Ele não identifica a empresa, apenas diz que era uma firma inglesa com participação de capitais argentinos (típico empreendimento que junta um truste internacional a sócios da burguesia nativa submissa).
O trecho mais curioso sobre a experiência de Prestes como marionete do imperialismo é esse, em que ele revela como arrancava o sangue dos operários para agradar à matriz. Leia-se abaixo:
"Eu logo descobri nos primeiros dias que era um bom explorador da força de trabalho do operariado. Organizei o trabalho e fiz o pessoal render o dobro. O que fiz? Inverti o horário: ao invés de começar às 8 horas, o expediente passou a se iniciar às 4 horas da madrugada, sob frio intenso e com a estrada iluminada por holofotes, e terminava ao meio-dia. Os operários tinham apenas um intervalo de 15 minutos para o café. No início, os donos da empresa reagiram, mas voltaram atrás quando viram que, com o novo ritmo, os operários estavam rendendo mais. Foi inclusive nessa época que eu mais tive tempo livre para ler Marx. Chegava em casa, tomava um banho, almoçava, descansava e ia ler".
Diante de passagens como essa, fica difícil para a esquerda reformista e pseudo-revolucionária defender seu maior ícone, assecla confesso do grande capital apátrida e espoliador que fingem combater. Se houve alguém que ajudou a barrar a revolução no Brasil, não foram as ditaduras de Vargas e dos militares, foi a direção pelega, reacionária e entreguista do PCB e outras agremiações assemelhadas. Não preciso nem lembrar que foi Prestes, em 1962, que se manifestou CONTRA a iniciativa das Ligas Camponesas de treinar e organizar guerrilhas no Nordeste, durante o governo pseudo-reformista de João Goulart.
PCB recebia mesada das multinacionais nos anos 40 e 50
Por Práxis 11/01/2010 às 17:53
Dou seqüência ao debate que iniciei em outro post, quando trouxe à tona a colaboração confessa de Luiz Carlos Prestes com o truste britânico que atuava nos países do Cone Sul no ramo da construção de obras (deceerto superfaturadas). Como todos lembram, usei uma passagem pouco conhecida do próprio livro de memórias de Prestes.
Alguns representantes da "esquerda" tradicional e pelega me contestaram, como se vê nas mensagens postadas em:
http://brasil.indymedia.org/pt/green/2010/01/462503.shtml
Em vão tentam acobertar o óbvio: o caráter reacionário, colaboracionista e entreguista do PCB e outras organizações similares. Agora, tiro de minha biblioteca mais uma prova de que toda a direção do PCB era vendida, não apenas Prestes.
Trata-se do livro de memórias do jornalista Samuel Wayner, figura conhecida que colaborou primeiro com o então clandestino PCB, durante os anos 40, e depois passou a apoiar o peleguismo varguista, quando ganhou de presente o jornal Última Hora, com acesso aos cofres do Banco do Brasil, já nos anos 50.
O livro, intitulado "Minha razão de viver" (Editora Record, 1987) traz algumas revelações interessantes, algumas convenientemente esquecidas pela "esquerda" tradicional, lá nas páginas 100 a 115. Nos anos 40, Wayner trabalhou na redação dos jornais "Diretrizes" e "A Manhã", ambos do PCB. Supresa! Ambos os veículos eram subvencionados pela Light, multinacional canadense do setor elétrico que só veio a ser nacionalizada em 1979. Um dos trechos vai aí embaixo:
"Kenneth McCrimmon era o diretor da Light, que distribuía propinas a todos os jornais da época. Mesmo os jornais do PCB, a Manhã e Diretrizes, recebiam uma verba da Light. Nossos editorialistas mais influentes recebiam diretamente da empresa pagamentos destinados a torná-los dóceis diante das imoralidades que a beneficiavam. As exceções eram raríssimas".
O que a "esquerda" tradicional, pelega, entreguista vai dizer agora? Que o PCB não era lacaio do imperialismo? Sempre haverá aqueles que se apressarão em alegar que foi "um erro" do Partido. Não se trata de "erro", mas de crime consciente. Colaboracionismo descarado.
Para desespero da "esquerda" tradicional e pelega, foi o próprio Prestes que admitiu isso em seu livro de memórias ditado aos jornalistas Dênis de Moraes e Francisco Viana, intitulado "Prestes: lutas e autocríticas" (Editora Mauad). O livro é de 1982 e surpreende que esse trecho não seja divulgado e discutido.
Lá pelas páginas 58, 59 e 60 do livro (edição de 1997), Prestes revela que, durante seu "exílio" na Argentina, em 1928-1930, trabalhou como diretor numa multinacional do ramo da construção que atuava na Argentina, no Uruguai e no Brasil. Ele não identifica a empresa, apenas diz que era uma firma inglesa com participação de capitais argentinos (típico empreendimento que junta um truste internacional a sócios da burguesia nativa submissa).
O trecho mais curioso sobre a experiência de Prestes como marionete do imperialismo é esse, em que ele revela como arrancava o sangue dos operários para agradar à matriz. Leia-se abaixo:
"Eu logo descobri nos primeiros dias que era um bom explorador da força de trabalho do operariado. Organizei o trabalho e fiz o pessoal render o dobro. O que fiz? Inverti o horário: ao invés de começar às 8 horas, o expediente passou a se iniciar às 4 horas da madrugada, sob frio intenso e com a estrada iluminada por holofotes, e terminava ao meio-dia. Os operários tinham apenas um intervalo de 15 minutos para o café. No início, os donos da empresa reagiram, mas voltaram atrás quando viram que, com o novo ritmo, os operários estavam rendendo mais. Foi inclusive nessa época que eu mais tive tempo livre para ler Marx. Chegava em casa, tomava um banho, almoçava, descansava e ia ler".
Diante de passagens como essa, fica difícil para a esquerda reformista e pseudo-revolucionária defender seu maior ícone, assecla confesso do grande capital apátrida e espoliador que fingem combater. Se houve alguém que ajudou a barrar a revolução no Brasil, não foram as ditaduras de Vargas e dos militares, foi a direção pelega, reacionária e entreguista do PCB e outras agremiações assemelhadas. Não preciso nem lembrar que foi Prestes, em 1962, que se manifestou CONTRA a iniciativa das Ligas Camponesas de treinar e organizar guerrilhas no Nordeste, durante o governo pseudo-reformista de João Goulart.
PCB recebia mesada das multinacionais nos anos 40 e 50
Por Práxis 11/01/2010 às 17:53
Dou seqüência ao debate que iniciei em outro post, quando trouxe à tona a colaboração confessa de Luiz Carlos Prestes com o truste britânico que atuava nos países do Cone Sul no ramo da construção de obras (deceerto superfaturadas). Como todos lembram, usei uma passagem pouco conhecida do próprio livro de memórias de Prestes.
Alguns representantes da "esquerda" tradicional e pelega me contestaram, como se vê nas mensagens postadas em:
http://brasil.indymedia.org/pt/green/2010/01/462503.shtml
Em vão tentam acobertar o óbvio: o caráter reacionário, colaboracionista e entreguista do PCB e outras organizações similares. Agora, tiro de minha biblioteca mais uma prova de que toda a direção do PCB era vendida, não apenas Prestes.
Trata-se do livro de memórias do jornalista Samuel Wayner, figura conhecida que colaborou primeiro com o então clandestino PCB, durante os anos 40, e depois passou a apoiar o peleguismo varguista, quando ganhou de presente o jornal Última Hora, com acesso aos cofres do Banco do Brasil, já nos anos 50.
O livro, intitulado "Minha razão de viver" (Editora Record, 1987) traz algumas revelações interessantes, algumas convenientemente esquecidas pela "esquerda" tradicional, lá nas páginas 100 a 115. Nos anos 40, Wayner trabalhou na redação dos jornais "Diretrizes" e "A Manhã", ambos do PCB. Supresa! Ambos os veículos eram subvencionados pela Light, multinacional canadense do setor elétrico que só veio a ser nacionalizada em 1979. Um dos trechos vai aí embaixo:
"Kenneth McCrimmon era o diretor da Light, que distribuía propinas a todos os jornais da época. Mesmo os jornais do PCB, a Manhã e Diretrizes, recebiam uma verba da Light. Nossos editorialistas mais influentes recebiam diretamente da empresa pagamentos destinados a torná-los dóceis diante das imoralidades que a beneficiavam. As exceções eram raríssimas".
O que a "esquerda" tradicional, pelega, entreguista vai dizer agora? Que o PCB não era lacaio do imperialismo? Sempre haverá aqueles que se apressarão em alegar que foi "um erro" do Partido. Não se trata de "erro", mas de crime consciente. Colaboracionismo descarado.
NEM PARTIDO -NEM PATRÃO
Sindicalismo Revolucionário
FOSC-COB-ACAT-AIT
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