terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PAISAGEM DA JANELA


A energia que mobiliza os indivíduos a lançarem-se a percorrer tantos caminhos quanto lhes seja possível, inexplicavelmente renova-se a cada amanhecer, impulsionam o peregrino mais e mais, claro está que como todos os fatos da vida apresentam prós e contras, sempre renunciamos algum aspecto da existência e somos brindados com uma nova experiência, a gene humana é marcada por estes antagonismos permanentes, avanços e retrocessos, o importante é que não abandonamos nossa origem primitiva de nômades coletores, sempre adequados as circunstancias da época, então andamos.
Muitas são as paisagens, a longa distancia as pessoas, culturas, comportamentos sociais, com que nos deparamos, fenômeno que só se pode constatar em um transitar constante, daí a reflexão se faz necessária, neste exato momento encontro-me em meio à jornada, já com milhares de milhas percorridas permaneço como no princípio, estupefato pela pluralidade humana que se manifesta a cada instante.
Podemos aportar em uma velha civilização, forjada na intempérie e encontrar a escadaria onde Bonaparte caminhou triunfante e vitorioso rumo ao castelo real, ou na a periferia da cidade antiga com sua feira dominical revelando-nos a anciã sentada inquieta e esperançosa de vender sua relíquia em gesso, tão frágil quanto sua constituição física, dez “zlot’s” lhe vão bem, para nós basta a “piwo” escura e forte, gelada como no Brasil distante, percorremos Pub´s lotados por jovens revelando sua ansiedade latente, protagonistas globalizados que carregam o peso da memória toda esburacada por balaços de soldados alemães ou russos, ou da resistência sindicalista local que lutou até o último homem por manter a terra livre, o gueto sangrento que marcou a história, os neonazistas contemporâneos que insistem em manifestar sua intolerância truculenta, o avanço sistemático do estado no controle sobre as moradias da população pobre, o bêbado indignado discursando na madrugada fria, mesmo assim a cidade insiste e mostra sua face bela, seus monumentais e organizados parques, seus habitantes, calados e lépidos nas manhãs geladas, a pouco estive ali...
De passagem cruzo a cidade luz um pouco ofuscada pelo ranço de seus servidores mal servidos e me dirijo à costa catalã marcada por seu orgulho local e por seu passado intenso, antes, porém percorro a paisagem lunar pontiaguda, pronta a nos acolher com sua rochosa figura. Enfim chego e megalópole.
A cidade pulsa no dia das bruxas, seres fantasiados convivem com a multidão de estrangeiros passeando pela “Rambla” numa multiplicidade de línguas e semblantes, tanta diversidade, encontramos o paquistanês que contribuí com seu “kebab” suculento, alimentando os passantes, pernil de porcos expostos em vitrines das lojas, como troféus, o “bocadillo” tradicional servido com alegria e azeitona, mergulhamos nas lembranças, retomamos a subida a Montserrat e seus quatro mil metros de altitude caminho percorrido no passado pelos libertários perseguidos e acossados por um regime fascista e extremamente violento, lugar tão belo e silencioso que encerra em sues profundos abismos histórias da dor, da coragem da capacidade fabulosa em recriar e reconstruir mesmo que inexoravelmente feridos por aqueles que motivados por sua usura arrivista, por seu nacionalismo incompreensível e doentio deixaram suas marcas viscosas na rocha secular.
Retornamos ao país continente que se agiganta em sua maior cidade marcada pela turbulência, pelo partido dominador, hegemônico nas comunidades periféricas ditando a ordem regrando a vida, ali “desfrutamos” socos, empurrões e pontapés no trem lotado do fim de semana, quando a urbanidade explode e confunde o viajante ainda saudoso do leste gelado, a realidade é brutal, fortalece a dúvida, quantos “brasis” cabem neste Brasil devastado por forças incompatíveis, mesmo neste cenário caótico felizmente encontramos a solidariedade e confraternizamos com outros peregrinos, lembram? Nômades coletores que milhões de anos depois, não perderam seus traços familiares, exausto depois de enfrentar uma longa e cansativa jornada o viajante retorna a origem, mas não por muito tempo...
A estrada novamente se apresenta como a via imprescindível e literalmente subimos ao cerrado que sem cerimônia expõem suas entranhas repletas de tesouros e desventuras, heroísmos, traições resistência, enfim história viva, seus fantasmas reivindicam lembrar os diamantes o ouro o nióbio as selvas cafeeiras, o quilombo sem nunca esquecer a cachaça suave e poderosa, “trem bão sô”.
Continuando, dos céus visualizamos as manchas da civilização e forçosamente acabamos por optar nos deixar conduzir pelas forças místicas da ilha encantada exuberante, mágica e ao mesmo tempo natural.
Aqui encontro meus iguais e entre tantas confluências, com eles projeto os dias que virão traço a nova rota a percorrer, Jack solidário se aproxima em meu socorro e arremete aos ares; ”on the road”...

Texto: André Soares

Imagem: Rodrigo e André

O Uivo - Allen Ginsberg

“Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus, arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca uma dose violenta de qualquer coisa “hipsters” com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite, que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis apartamentos”...

Manifestação pró Parque da Lagoa no Vassourão


Manifestação pró Parque da Lagoa no Vassourão – sábado dia 26 de novembro às 14 horas
"O Parque da Lagoa, bem como o Parque Cultural do Campeche e o Parque Cultural das 3 Pontas são foco de grande debate na cidade. As comunidades se organizando e se apoiando mutuamente, podem sim conquistar os espaços livres e públicos que precisam para recuperar nossa qualidade de vida que está se perdendo às custas da especulação imobiliária, em prol de uma urbanização que não leva em conta a história, a cultura, o ambiente e sequer a vida das pessoas que aqui vivem ou virão viver…" (http://www.salveoparquedalagoa.org/)



Mesmo depois dos protestos dos moradores e de milhares de assinaturas arrecadadas, as obras continuam, mais um espaço roubado da população, os politicos corruptos e os empresários ganânciosos acumulam mais um crime contra o meio ambiente e a população de Floripa.



Proteste!


organiza-te e lute


Ação Direta e Apoio Mutuo

Proteste! - Salve o Parque da Lagoa

domingo, 11 de dezembro de 2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Como a mídia brasileira sufoca a liberdade de expressão

http://www.youtube.com/watch?v=q6rYOTeptPs&feature=share

SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO

Não ao vaticano!

Luiz Carlos Prestes recebeu dinheiro das multinacionais

Por Práxis 10/01/2010 às 12:05

Para desespero da "esquerda" tradicional e pelega, foi o próprio Prestes que admitiu isso em seu livro de memórias ditado aos jornalistas Dênis de Moraes e Francisco Viana, intitulado "Prestes: lutas e autocríticas" (Editora Mauad). O livro é de 1982 e surpreende que esse trecho não seja divulgado e discutido.

Lá pelas páginas 58, 59 e 60 do livro (edição de 1997), Prestes revela que, durante seu "exílio" na Argentina, em 1928-1930, trabalhou como diretor numa multinacional do ramo da construção que atuava na Argentina, no Uruguai e no Brasil. Ele não identifica a empresa, apenas diz que era uma firma inglesa com participação de capitais argentinos (típico empreendimento que junta um truste internacional a sócios da burguesia nativa submissa).

O trecho mais curioso sobre a experiência de Prestes como marionete do imperialismo é esse, em que ele revela como arrancava o sangue dos operários para agradar à matriz. Leia-se abaixo:


"Eu logo descobri nos primeiros dias que era um bom explorador da força de trabalho do operariado. Organizei o trabalho e fiz o pessoal render o dobro. O que fiz? Inverti o horário: ao invés de começar às 8 horas, o expediente passou a se iniciar às 4 horas da madrugada, sob frio intenso e com a estrada iluminada por holofotes, e terminava ao meio-dia. Os operários tinham apenas um intervalo de 15 minutos para o café. No início, os donos da empresa reagiram, mas voltaram atrás quando viram que, com o novo ritmo, os operários estavam rendendo mais. Foi inclusive nessa época que eu mais tive tempo livre para ler Marx. Chegava em casa, tomava um banho, almoçava, descansava e ia ler".


Diante de passagens como essa, fica difícil para a esquerda reformista e pseudo-revolucionária defender seu maior ícone, assecla confesso do grande capital apátrida e espoliador que fingem combater. Se houve alguém que ajudou a barrar a revolução no Brasil, não foram as ditaduras de Vargas e dos militares, foi a direção pelega, reacionária e entreguista do PCB e outras agremiações assemelhadas. Não preciso nem lembrar que foi Prestes, em 1962, que se manifestou CONTRA a iniciativa das Ligas Camponesas de treinar e organizar guerrilhas no Nordeste, durante o governo pseudo-reformista de João Goulart.

PCB recebia mesada das multinacionais nos anos 40 e 50
Por Práxis 11/01/2010 às 17:53

Dou seqüência ao debate que iniciei em outro post, quando trouxe à tona a colaboração confessa de Luiz Carlos Prestes com o truste britânico que atuava nos países do Cone Sul no ramo da construção de obras (deceerto superfaturadas). Como todos lembram, usei uma passagem pouco conhecida do próprio livro de memórias de Prestes.

Alguns representantes da "esquerda" tradicional e pelega me contestaram, como se vê nas mensagens postadas em:

http://brasil.indymedia.org/pt/green/2010/01/462503.shtml

Em vão tentam acobertar o óbvio: o caráter reacionário, colaboracionista e entreguista do PCB e outras organizações similares. Agora, tiro de minha biblioteca mais uma prova de que toda a direção do PCB era vendida, não apenas Prestes.

Trata-se do livro de memórias do jornalista Samuel Wayner, figura conhecida que colaborou primeiro com o então clandestino PCB, durante os anos 40, e depois passou a apoiar o peleguismo varguista, quando ganhou de presente o jornal Última Hora, com acesso aos cofres do Banco do Brasil, já nos anos 50.

O livro, intitulado "Minha razão de viver" (Editora Record, 1987) traz algumas revelações interessantes, algumas convenientemente esquecidas pela "esquerda" tradicional, lá nas páginas 100 a 115. Nos anos 40, Wayner trabalhou na redação dos jornais "Diretrizes" e "A Manhã", ambos do PCB. Supresa! Ambos os veículos eram subvencionados pela Light, multinacional canadense do setor elétrico que só veio a ser nacionalizada em 1979. Um dos trechos vai aí embaixo:

"Kenneth McCrimmon era o diretor da Light, que distribuía propinas a todos os jornais da época. Mesmo os jornais do PCB, a Manhã e Diretrizes, recebiam uma verba da Light. Nossos editorialistas mais influentes recebiam diretamente da empresa pagamentos destinados a torná-los dóceis diante das imoralidades que a beneficiavam. As exceções eram raríssimas".


O que a "esquerda" tradicional, pelega, entreguista vai dizer agora? Que o PCB não era lacaio do imperialismo? Sempre haverá aqueles que se apressarão em alegar que foi "um erro" do Partido. Não se trata de "erro", mas de crime consciente. Colaboracionismo descarado.



NEM PARTIDO -NEM PATRÃO

Sindicalismo Revolucionário

FOSC-COB-ACAT-AIT

SABOTE ZARA !

A subsidiária da Zara no Brasil está sendo acusada de envolvimento em trabalho escravo. a empresa fornecedora AHA, detinha várias fábricas ilegais na região de São Paulo, onde trabalhavam imigrantes bolivianos e peruanos submetidos a condições semelhantes à escravatura.
Em Maio, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego libertou 52 pessoas, quase todas originárias da Bolívia, que exerciam trabalho escravo em fábricas clandestinas na cidade de Americana, no interior do estado de São Paulo.
O recrutamento dos 'quase escravos' seguia o padrão habitual: os trabalhadores foram aliciados em zonas muito pobres da Bolívia e do Peru, com promessas de melhores condições de vida no Brasil, mas, mal chegaram a São Paulo, foram obrigados a trabalhar 16 horas por dia, por um salário inferior ao vencimento mínimo legal, que são 340 dólares por mês. E desse salário miserável os empregadores ainda descontaram o custo da viagem para o Brasil, a comida e outros custos, o que, para o MTE, constitui crime de escravatura por dívida.


DIVUGUEM E SABOTEM A ZARA MODAS!

CONTRA O TRABALHO ESCRAVO!

INTERNACIONALISMO LIBERTÁRIO

FOSC - COB -ACAT-AIT

A Agropecuária Manom - Crime contra os Animais!

A Agropecuária Manom, localizada na Avenida Cavalhada em Porto Alegre abandona na rua os animais que recebe para doação.



PROTESTO - Araxá 14/DEZEMBRO/2011

RELATO EM 7/12/2011


A SITUAÇÃO DO CONFLITO,


“Estamos mobilizados, com os novos trabalhadores demitidos (40), para entrar com uma massa de ações trabalhistas”, uma vez que a empresa agora “ameça com fechar suas portas”.
Precisamos entrar o mais rápido possível com essas ações antes que a empresa mude o seu registro civil (a razão social da empresa) e (e do capital social) sobreviva apenas nossos processos, sem a possibilidade de buscar as melhorias efetivas que desejamos a todos
Estamos passando por problemas, mas sem duvida serão superados por nossa vontade de vencer a luta social.
Iremos repassar ao advogado que esta no caso o nome e, a sugestão do advogado gaúcho Dr. Nereu Lima, para procurarmos também a Ordem dos Advogados do Brasil.
Quem quiser pode vir ao protesto em Araxá está garantido “o abrigo e a comida”.
Estamos ainda tentando ajuntar parte do dinheiro para pagarmos o advogado já que são dois processos, um da Finta e outro da FF Mercantil.
Manteremos essa luta até as ultimas conseqüências pelo bem de nossa gente e do anarcosindicalismo, sua ferramenta de luta .



BOICOTE A FF MERCANTIL, A LOTTO E A FINTA!
PELA READMISSÃO IMEDIATA DE ÍCARO E OS TRABALHADORES!
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA DOS TRABALHADORES:
LUTAR POR MELHORES CONDIÇÕES NO EMPREGO
NÃO É UM CRIME DE INJURIA É DIREITO DOS TRABALHADORES!

ESSAS EMPRESAS NÃO CUMPREM OS DIREITOS SOCIAIS!

PROTESTO NO FORUM SOCIAL TEMÁTICO FSM, em PORTO ALEGRE, JANEIRO/2012
PROTESTO, na "RIO + 20", no RIO DE JANEIRO, EM JUNHO/2012!

ORGANIZA-TE E LUTA (COB/AIT)
SOLIDARIEDADE UMA ARMA
QUENTE!


“Basta a toda essa merda podre...”
“O Sindicato dos trabalhadores em Artes e Ofícios Vários de Araxá agradece “toda solidariedade demonstrada neste conflito que capitalistas utilizam de todos os meios para nos calar”, porem a verdade está em nossa realidade e não em suas leis ou perseguições.”
Filie-se à FOM, forme uma comissão sindical em seu local de trabalho, tome decisões em assembléias gerais, autogestão, lute por uma sociedade justa. Lute por sua liberdade! Solidarize-se com o companheiro do Sindivários de Araxá!


INTERNACIONAL É A PRECARIZAÇÃO
INTERNACIONAL É A NOSSA LUTA!

PELOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
CONTRA O TRABALHO PRECARIZADO!
CONFEDERAÇÃO OPERARIA BRASILEIRA COB
ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES

Sindicato dos Trabalhadores em Artes e Ofícios Vários Araxá - Minas Gerais

Pedimos qualquer ajuda para pagarmos o advogado,uma vez que não recebemos subsídios estatais para sobreviver e lutar a partir de nossas próprias crenças e possibilidades geradas pelo nosso trabalho em fábricas e outros locais de trabalho.
Esta luta se abre para expor a farsa dos Sindicatos “oficiais” resultados históricos da legislação brasileira na história de dominação fascista neste país.


Qualquer dinheiro é bem-vindo para manter esta causa judicial e sindical.

... "...Bem juntos façamos nesta luta final
uma terra sem amos,

a Internacional! ".

Saúde e Anarkia

aderente a
F.O.M./C.O.B.- A.C.A.T. / A.I.T.

Fanzine - Resistência Antifashion


www.resistenciaantifashion.com