segunda-feira, 30 de maio de 2011

Espanha - Catalunha - Barcelona - 27/05/2011

Manifestações pacifistas

Policia fascista defendendo o estado, as multinacionais e os partidos




Se tens acompanhado as notícias onde moras, num PC, em sites, no Facebbok, no Twitter, nas notícias de jornais grandes, no Brasil e mundo afora, alguma coisa deve estar aparecendo sobre as espontaneas, pacificas e exuberantes manifestaçoes populares, aqui na Espanha.

Hoje é dia de eleiçoes para os cargos abaixo de Presidente e há uma semana ou mais, um certo número de pessoas de repente se deram conta de que nao adiantava votar, tudo ficaria na mesma.

Pra que votar, se nao muda nada??
Foi uma idéia-mae que contagiou as redes sociais pelos computadores. Se espalhou que nem rastilho de fogo em campo seco. Num uuF.

Em Madrid houve até 200 mil manifestantes de vez, especialmente em torno da Porta do Sol, o pessoal foi chegando, uns chamaram outros, o povo acampou ali desde o dia 14 de maio, armaram barracas, trouxeram sofás e cadeiras,colchoes, montaram postos de abastecimento, comunicaçoes, etc.
Em Barcelona as Ramblas voltaram a ser do povo, os turistas só espiavam, interessados...

E ninguém tinha organizado isso antes!
Nao nessa escala. Algumas pessoas queriam fazer uma vigília cívica para pensar e debater alternativas ao quadro político-financeiro, algo assim.
Havia algumas vozes que diziam que assim nao dava, que tinha de mudar, mas daí a juntar um povaréu desses de uma hora pra outra! Sem gastar um tostao em propaganda!

Nenhum partido havia convocado!
Os que protestavam nao apoiavam nenhum partido!

Queriam democracia real - nao a dos banqueiros e do FMI e dos corruptos. Querem outro sistema para suas vidas.

Criaram até um CORRUPTÓDROMO.

As notícias e as imagens eram instantaneas: Facebook, twitter, telefone móvil, etc. Tudo ao vivo. Dá pra ver tudo no computador!!!
As palestras, os debates, as cançoes. Gente de todas as idades. Reunidos para estudar a crise e apontar saídas. Rejeitando votar para escolher o menos pior. Fotos e fotos de gente estudando seriamente.
E o minuto de silencio compartilhado por 25 mil nas ruas, em Madrid, à meia-noite...

O governo ficou abobado e assustado , mas nao arriscou piorar exatamente a situaçao: o Presidente Zapatero nao deixou mais a polícia intervir, depois que na primeira noite a polícia colocou em cana alguns demonstrantes, que só estavam dormindo encostados numa fonte. Esse ato injustificado de prender gente que nao esculhambava, nem resistia a prisao, indignou deveras quem assistiu ao vivo ou pelas nets. Foi o estopim.

Os políticos disseram que eram jovens agitadores, terroristas infiltrados, drogados, delinquentes, desajustados, imigrantes, etc, etc...

Como tudo foi gravado por inúmeros "móveis", logo largado nas nets, a reaçao foi imediata. O nível da indignaçao subiu, mais e mais gente saiu às ruas para comentar o que sucedia.

Os politicos quiseram proibir reunioes populares nas ruas, reunioes que "eles" nao haviam convocado, é claro.
O argumento era que esse tipo de reunioes nao "fazia bem para o sistema de eleiçoes"....

No dia seguinte choveu pra valer, de noite tb, baixou a temperatura pra valer, e o pessoal firme, cada vez chegou mais gente, com frio e chuva.

O Tribunal Eleitoral proibiu as manifestaçoes (que na noite de ontem continuaram ocorrendo na maioria das grandes cidades espanholas, até aqui em Palma de Mallorca). Mas a Constituiçao permite. As praças nunca mais ficaram vazias desde o dia 14 de maio .
E nem o PP nem o PSOE se arriscam a ir abertamente contra essas multidoes. Nao que sejam a favor, o que nao querem é perder mais votos ainda.
Esses sao os dois grandes partidos, sao os grandes responsáveis pela corrupçao e as mazelas sociais destas últimas décadas, nestas plagas.

E como dizia um cartaz: armar barraca para ver Justin Bieber cantar ou e Real Madrid jogar, pode, entao o que há demais em se juntar para reclamar de falta de emprego, de estudo, de futuro para 44% dos jovens espanhois abaixo de 25 anos??

Aqui nas Ilhas Baleares, 60% das famílias nao chegam ao fim do mes com o salário, e aumenta o número das famílias onde nenhuma só pessoa da família tem emprego.

A realidade é negra para mais da metade da populaçao mundial. Nao há esperança de futuro para os jovens, e os velhos devagarinho escorrregam para a pobreza total. Postos de trabalho desaparecem para sempre - neste sistema.
Isso já se vinha dizendo há décadas. Pessoal escutava e achava que com eles nao ia acontecer. Pois está acontecendo.
Pois agora atingiu uma massa critica aqui na Espanha.

Milhares de pessoas se reunindo pacificamente, sem que ocorra um só incidente, sem fazer balbúrdia, respeitando os princípios da nao-violencia! Querendo mudanças profundas no sistema!

Em Bruxelas, Londres, USA, Roma, Berlin e outros lugares (ate SP) houve simpatizantes que também se reuniram para fazer uma vigília de reflexao e meditaçao.

A instantanea capacidade de organizar a turma em setores (limpeza, farmácia, comida, etc) foi aparecendo a medida que as necessidades iam aparecendo. Impressionante. Voluntarios sempre mais se oferecendo para carregar o lixo embora, manter a praça limpa, trazer água, comida, cobertores, enfermeiras e medicos se apresentando para cuidar da pressao, etc, pois há muita gente velha no meio da multidao. E todos sabem que nao estao arriscando a perder mais nada, Já perderam tudo.

Faz sentido: está na hora de sair pra rua e exigir vida decente, pois qual é o futuro para quem está na pobreza ou no desemprego?

Esta mensagem está saindo meio tosca e improvisada, há muitos detalhes que omiti, vcs se colem aos pcs de vcs e descubram adiante. Sites do Guardian, do EL Pais e de outros jornais mais sérios informam bastante, se bem que dá para sentir o dedo do editor apagando o que o repórter gostaria de dizer. Na Face e no Twitter se aprende tudo na horinha.

Nao li ainda como foi ontem, mas ontem no radio a sugestao nas nets era a de que cada pueblo se reunisse, que discutissem seus próprios problemas entre si, se dessem conta das suas realidades - e apontassem para as falhas do sistema, evidentes ali onde moravam, e buscassem juntos por soluçoes.

Piazadinha, que sentimento maravilhoso o de fazer parte conscientemente do acordar de uma naçao - sao cidadaos civilizados e alfabetizados que sabem utilizar a nao-violencia para conseguir os objetivos de mudanças profundas nos sistemas que asfixiam a humanidade. Pelo menos no país deles eles identificam los ladrones instituidos, la estafa, la trampa de los banqueros. E estao cansados disso tudo! Começo a sentir mais esperança. A nao-violencia finalmente alcançou o novo século de maneira natural, fruto dos tempos...



Texto e imagens: CEPS

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PODERIA SER CÁLIDO

Não faz tanto tempo assim que encontrávamos nos muros da cidade escrita em tinta lilás numa letra ricamente desenhada a frase: “Poderia ser Cálido” profética manifestação de algum inspirado anônimo que se perpetua no tempo, recorrente começo a divagar, minha imaginação retorna ao passado e encontra as reminiscências de Platão onde o diálogo sobre a virtude pulsa em meu cérebro.
Vincular estes pensamentos com os episódios recentes parece um exercício próximo da insanidade, mas o desafio é estimulante, sexta feira após uma dolorosa exposição da opulência midiática ao explorar o casamento de um príncipe com uma representante da elite plebéia, a lição que tiramos do acontecimento é de que a monarquia ao menos aprendeu que espetáculo pode ser muito lucrativo, avanço no dia, ao final da tarde em um ônibus lotado me deparei com um motorista no limite do estresse brigando com seus passageiros, irascível, próximo, bem próximo da violência, cena absurda e desagradável, sobrevivo até o domingo Primeiro de Maio, data histórica para os trabalhadores, e para os que não deixam a chama apagar, é dia de relembrar os Mártires de Chicago, seres míticos que sacrificaram suas próprias vidas em prol de seus sonhos e da liberdade.
Também é dia de clássico GreNal, onde presenciei a estupidez de jovens torcedores que em nome de uma organização duvidosa desfilavam pelo centro da cidade sua monumental pobreza de espírito, antagonizando aos passantes, prontos a espancar a qualquer um que se manifestasse contrário, e o que é pior com membros incorporando a memória do nazismo, com camisetas que os identificava contribuindo com seu comportamento agressivo e pouco inteligente.
Mas a madrugada nos reservava o ápice deste desfile monumental dedicado à ignorância humana, o assassinato de um outrora aliado dos Estados Unidos, que financiara e mantivera negócios e projetos de líderes americanos no passado, e tornado o criminoso mais procurado da história recente, numa ação digna de Hollywood militares alvejaram com um tiro na cabeça e outro no peito Osama Bin Laden, o assassinato provocou uma euforia mundial, pessoas saíram às ruas manifestando o seu nacionalismo xenófobo, trazendo como resultado imediato ascensão política e econômica para o governo combalido, dirigido por um afro-americano questionado até em sua nacionalidade
Não é pouco, para o ser sensível bombardeado por estas informações ininterruptamente, a vida se torna aborrecida, ressurge a frase poética das paredes da madrugada, ah! verdadeiramente deveria ser cálido, mas infelizmente, não o é, com desprazer narro esta mecânica que compõe o cotidiano do século XXI, no sul da América do Sul.
Mas otimista que sou me refugio na arte, na poesia e me vem à lembrança a máxima do apaixonado e visionário Lupicínio Rodrigues que ousou transformar sua dor em canção, expondo sua antológica percepção: “Esses moços pobres moços, ah! se soubessem o que eu sei... saibam que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno a procura de luz... por meus olhos, por meus sonhos, por meu sangue, tudo enfim, é que eu peço a esses moços que acreditem em mim.”


Texto: André Soares

Fotografia: Internet - Jardim Gramacho

DIALÉTICA DO POEMA



Fazer um poema
não é dizer coisas profundas.
É ver as coisas como as coisas não são.

Fazer um poema não é viajar no espelho.
É ir à procura do rosto do homem
perdido na escuridão.

É descer às raízes do sangue e do mito.
Fazer um poema é estar em conflito
com os dedos da mão.

Poema: Francisco Carvalho

Imagem: Echer

Carta de um Nobel da Paz a Barack Obama

Adolfo Pérez Esquivel

Estimado Barack, ao dirigir-te esta carta o faço fraternalmente para, ao mesmo tempo, expressar-te a preocupação e indignação de ver como a destruição e a morte semeada em vários países, em nome da “liberdade e da democracia”, duas palavras prostituídas e esvaziadas de conteúdo, termina justificando o assassinato e é festejada como se tratasse de um acontecimento desportivo.

Indignação pela atitude de setores da população dos Estados Unidos, de chefes de Estado europeus e de outros países que saíram a apoiar o assassinato de Bin Laden, ordenado por teu governo e tua complacência em nome de uma suposta justiça. Não procuraram detê-lo e julgá-lo pelos crimes supostamente cometidos, o que gera maior dúvida: o objetivo foi assassiná-lo.

Os mortos não falam e o medo do justiçado, que poderia dizer coisas inconvenientes para os EUA, resultou no assassinato e na tentativa de assegurar que “morto o cão, terminou a raiva”, sem levar em conta que não fazem outra coisa que incrementá-la.

Quando te outorgaram o Prêmio Nobel da Paz, do qual somos depositários, te enviei uma carta que dizia: “Barack, me surpreendeu muito que tenham te outorgado o Nobel da Paz, mas agora que o recebeu deve colocá-lo a serviço da paz entre os povos; tens toda a possibilidade de fazê-lo, de terminar as guerras e começar a reverter a situação que viveu teu país e o mundo”.

No entanto, ao invés disso, você incrementou o ódio e traiu os princípios assumidos na campanha eleitoral frente ao teu povo, como terminar com as guerras no Afeganistão e no Iraque e fechar as prisões em Guantánamo e Abu Graib no Iraque. Não fez nada disso. Pelo contrário, decidiu começar outra guerra contra a Líbia, apoiada pela OTAN e por uma vergonhosa resolução das Nações Unidas. Esse alto organismo, apequenado e sem pensamento próprio, perdeu o rumo e está submetido às veleidades e interesses das potências dominantes.

A base fundacional da ONU é a defesa e promoção da paz e da dignidade entre os povos. Seu preâmbulo diz: “Nós os povos do mundo...”, hoje ausentes deste alto organismo.

Quero recordar um místico e mestre que tem uma grande influência em minha vida, o monge trapense da Abadia de Getsemani, em Kentucky, Tomás Merton, que diz: “a maior necessidade de nosso tempo é limpar a enorme massa de lixo mental e emocional que entope nossas mentes e converte toda vida política e social em uma enfermidade de massas. Sem essa limpeza doméstica não podemos começar a ver. E se não vemos não podemos pensar”.

Você era muito jovem, Barack, durante a guerra do Vietnã e talvez não lembre a luta do povo norteamericano para opor-se à guerra. Os mortos, feridos e mutilados no Vietnã até o dia de hoje sofrem as consequências dessa guerra.

Tomás Merton dizia, frente a um carimbo do Correio que acabava de chegar, “The U.S. Army, key to Peace” (O Exército dos EUA, chave da paz): “Nenhum exército é chave da paz. Nenhuma nação tem a chave de nada que não seja a guerra. O poder não tem nada a ver com paz. Quanto mais os homens aumentam o poder militar, mais violam e destroem a paz”.
Acompanhei e compartilhei com os veteranos da guerra do Vietnã, em particular Brian Wilson e seus companheiros que foram vítimas dessa guerra e de todas as guerras.

A vida tem esse não sei o quê do imprevisto e surpreendente fragrância e beleza que Deus nos deu para toda a humanidade e que devemos proteger para deixar às gerações futuras uma vida mais justa e fraterna, reestabelecendo o equilíbrio com a Mãe Terra.

Se não reagirmos para mudar a situação atual de soberba suicida que está arrastando os povos a abismos profundos onde morre a esperança, será difícil sair e ver a luz; a humanidade merece um destino melhor. Você sabe que a esperança é como o lótus que cresce no barro e floresce em todo seu esplendor mostrando sua beleza.

Leopoldo Marechal, esse grande escritor argentino, dizia que: “do labirinto, se sai por cima”.

E creio, Barack, que depois de seguir tua rota errando caminhos, você se encontra em um labirinto sem poder encontrar a saída e te enterra cada vez mais na violência, na incerteza, devorado pelo poder da dominação, arrastado pelas grandes corporações, pelo complexo industrial militar, e acredita ter todo o poder e que o mundo está aos pés dos EUA porque impõem a força das armas e invade países com total impunidade. É uma realidade dolorosa, mas também existe a resistência dos povos que não claudicam frente aos poderosos.

As atrocidades cometidas por teu país no mundo são tão grandes que dariam assunto para muita conversa. Isso é um desafio para os historiadores que deverão investigar e saber dos comportamentos, políticas, grandezas e mesquinharias que levaram os EUA à monocultura das mentes que não permite ver outras realidades.

A Bin Laden, suposto autor ideológico do ataque às torres gêmeas, o identificam como o Satã encarnado que aterrorizava o mundo e a propaganda do teu governo o apontava como “o eixo do mal”. Isso serviu de pretexto para declarar as guerras desejadas que o complexo industrial militar necessitava para vender seus produtos de morte.

Você sabe que investigadores do trágico 11 de setembro assinalam que o atentado teve muito de “auto golpe”, como o avião contra o Pentágono e o esvaziamento prévios de escritórios das torres; atentado que deu motivo para desatar a guerra contra o Iraque e o Afeganistão, argumentando com a mentira e a soberba do poder que estão fazendo isso para salvar o povo, em nome da “liberdade e defesa da democracia”, com o cinismo de dizer que a morte de mulheres e crianças são “danos colaterais”. Vivi isso no Iraque, em Bagdá, com os bombardeios na cidade, no hospital pediátrico e no refúgio de crianças que foram vítimas desses “danos colaterais”.

A palavra é esvaziada de valores e conteúdo, razão pela qual chamas o assassinato de “morte” e que, por fim, os EUA “mataram” Bin Laden. Não trato de justificá-lo sob nenhum conceito, sou contra todas as formas de terrorismo, desde a praticada por esses grupos armados até o terrorismo de Estado que o teu país exerce em diversas partes do mundo apoiando ditadores, impondo bases militares e intervenção armada, exercendo a violência para manter-se pelo terror no eixo do poder mundial. Há um só eixo do mal? Como o chamarias?

Será que é por esse motivo que o povo dos EUA vive com tanto medo de represálias daqueles que chamam de “eixo do mal”? É simplismo e hipocrisia querer justificar o injustificável.

A Paz é uma dinâmica de vida nas relações entre as pessoas e os povos; é um desafio à consciência da humanidade, seu caminho é trabalhoso, cotidiano e portador de esperança, onde os povos são construtores de sua própria vida e de sua própria história. A Paz não é dada de presente, ela se constrói e isso é o que te falta meu caro, coragem para assumir a responsabilidade histórica com teu povo e a humanidade.

Não podes viver no labirinto do medo e da dominação daqueles que governam os EUA, desconhecendo os tratados internacionais, os pactos e protocolos, de governos que assinam, mas não ratificam nada e não cumprem nenhum dos acordos, mas pretendem falar em nome da liberdade e do direito. Como pode falar de Paz se não quer assumir nenhum compromisso, a não ser com os interesses de teu país?

Como pode falar da liberdade quanto tem na prisão pessoas inocentes em Guantánamo, nos EUA e nas prisões do Iraque, como a de Abu Graib e do Afeganistão?

Como pode falar de direitos humanos e da dignidade dos povos quando viola ambos permanentemente e bloqueia quem não compartilha tua ideologia, obrigando-o a suportar teus abusos?

Como pode enviar forças militares ao Haiti, depois do terremoto devastador, e não ajuda humanitária a esse povo sofrido?

Como pode falar de liberdade quando massacra povos no Oriente Médio e propaga guerras e tortura, em conflitos intermináveis que sangram palestinos e israelenses?

Barack, olha para cima de teu labirinto e poderá encontrar a estrela para te guiar, ainda que saiba que nunca poderá alcançá-la, como bem diz Eduardo Galeano. Busca a coerência entre o que diz e faz, essa é a única forma de não perder o rumo. É um desafio da vida.

O Nobel da Paz é um instrumento ao serviço dos povos, nunca para a vaidade pessoal.

Te desejo muita força e esperança e esperamos que tenha a coragem de corrigir o caminho e encontrar a sabedoria da Paz.

Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz 1980.
Buenos Aires, 5 de maio de 2011

Un día como hoy, hace 34 años volví a la vida, tuve un vuelo de la muerte durante la dictadura militar argentina apoyada por los EEUU, gracias a Dios sobreviví y tuve que salir del laberinto por arriba de la desesperación y descubrir en las estrellas el camino para poder decir como el profeta:”la hora más oscura es cuando comienza el amanecer”.


Imagen: John Heartfield

sábado, 14 de maio de 2011

Um vento na Ilha

Oh! Amigo,
Você que perambula agora nesta chuva,
Deixando para traz todas as misérias da vida (...)
Você que perambula agora,
Levando consigo o barro nas botinas
E as pedras da ilha na memória.
- Oh! Que mar lindo mesmo quando o céu está cinza (...)
Você,
Mais uma vez na estrada,
Solitário,
Com sua mochila mágica,
Cheia de livros, idéias, desenhos e @narquia!
Vai amigo,
Mas volte um dia...
E traga consigo o vento em poesia (...)

Poema e Fotografia: Rodrigo Vargas Souza