terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lua abstrata


Do teto caem os sinos de lycra
Iluminando tuas pernas lisas
Minha visão dissolvesse em lux
Moldando a imaginação em teu corpo

Enquanto fotografo você entre taças de vinho
Os esmaltes dançam em um balé sincronizado
Na regência da acetona
A caixa torna-se palco improvisado

E na sacada em meio às folhas verdes da cerejeira
Estamos como em um único ser andrógino
Vendo a lua abstrata
Nos rastros dos barcos da lagoa (...)

Para xanda
Poema e foto: Rodrigo V. Souza
Set/2010

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