domingo, 15 de janeiro de 2012

Manifestos, sexo e poesia concreta em um dia de chuva


Leio a ruptura
Enquanto você se coça
As tuas mãos entre as tuas pernas
Acaricia minha imaginação
São formas não geométricas
Natureza
Yoga
Posição do cachorro espreguiçando
Calcinha
Nádegas
Bocas
Salivas
Gemidos
Ondas sonoras
Mangue beat
A batida do vai e vem
É beat também
Um livro mudo no canto da cama
A cama sólida e pura
Um cão sem plumas
Você nua
Um 69 em 2012
Poesia e manifestos concretistas
Orgasmos múltiplos
Múltiplos pingos de chuva
A noite caindo suave
Caem suaves roupas
Nudez latente
Entre minhas mãos
Brutos pensamentos
Poesia sutra
Conteúdo
Tesão
Sexo
Cu
Pau
Buceta
Chuva
Chupadas
Peitos
Pelos
Pubianos
Orgasmos
Sono
Sonhos
Sonoros
Suruba
Tudo é arte abstrata
Efervescência
Ebulição
Nuvens abertas como pernas
Sexo e sol
Colorindo a lagoa
Boi de mamão
Tuas mãos
Minhas mãos
Mãos
Nossas mãos
Genitália
Nossos corpos
Grudados
Tensão
Material
Imaterial
Tudo acaba em espermas
Saltitantes entre os lençóis
Mas o tempo violenta até mesmo
O líquido sagrado
Parte menor de vida
Liquido seco
Manchas brutas
Em um pano de algodão
Que reveste um colchão de espuma
São manchas secas, brutas e macias de poesia
Poesia concreta

Poema: RVS
Imagem: Picasso

Nenhum comentário: