terça-feira, 9 de agosto de 2011

A bolha, a intolerância e a queda de cabelo



Qual é relação inteligível entre a bolha econômica, a intolerância étnica com a queda de cabelo? Por mais absurdo que possa parecer a resposta é simples, a mais complexa e completa cumplicidade, senão vejamos, novamente aproxima-se nova crise na economia global, o limite da dívida pública americana é fator de enorme preocupação, e no Brasil que segundo técnicos do Financial Times apresenta um diagnóstico preocupante por apresentar uma economia inflada como uma bolha prestes a explodir, alto consumo interno ancorado em taxas de juros exorbitantes sofrendo ataque fulminante do capital especulativo produz um quadro de extrema insegurança, a despeito de nossos governantes aparentarem tranqüilidade.
O reflexo deste quadro alarmista é a explosão de focos violentos em todas as partes do planeta, Londres mal dorme já há três dias os bairros de imigrantes mergulharam na revolta, mas não fica restrito aos imigrantes, as distorções são mais profundas, no Brasil pré Copa/Olimpíada a situação não é diferente, ouvimos que aqui apesar da intolerância local, recebemos imigrantes oriundos da Ásia, África e América andina, que no Século XXI ainda encontramos os arautos da eugenia, muitos crimes são cometidos em nome da superioridade racial e da perspectiva de manipular toda a complexidade do gênero humano.
A queda de cabelo é a reação instantânea de quem se dá conta de toda esta contradição presente em nossa vida hoje, alguns são mais contundentes e chegam a arrancar o próprio cabelo, sim é agora, neste momento que os episódios ocorrem, no oriente, no norte, no ocidente, no sul, no extremo, no golfo, na península, no fundo do poço, a palavra da hora é “crise” e em conseqüência protestos globais.
Ah! Mas que sujeito rancoroso me transformei, não enxergo o belo, não consigo apenas seguir os rumos da maioria de nós que constituem o seu planejamento para a vida em “construir” um patrimônio, em vencer, em tornar-se independente, senhores e senhoras por mais ensandecido que meu pensamento possa lhes parecer, acredito que se agirmos na defesa da humanidade e entendermos que a responsabilidade também é nossa com o futuro só me resta murmurar é preciso acordar...

Texto: André Soares

Fotografia: Rodrigo Vargas Souza


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