Violência na escola, guerra, dor, fome e miséria, tantas mazelas que nos afligem, mas sem dúvida nos resta a esperança de que nem tudo se perdeu e começar uma reflexão apontando tantas manifestações nocivas do gênero humano não inibe nossa vontade em buscar o belo e venturoso.
Parei pra pensar no comportamento incomum dos elefantes, são voltados para a manada, amorosos com seus filhotes, prestativos e têm uma memória poderosa marcando inclusive o local de seus mortos e quando encontram seus esqueletos os acaricia com sua tromba, um belo exemplo para a humanidade.
Paradoxalmente imaginei como deveria ser um elefante, enorme, com as presas de marfim cobiçadas por seu valor, um alvo onde os filhotes fêmeas e machos são permanentemente acuados, do que realmente estou falando? do ser humano ou do elefante, quem apresenta comportamento equilibrado e natural? quem trata a vida com respeito?
Sinceramente estabeleceu-se a confusão, relembrei o filme O Homem Elefante, da vida miserável que John Merrick, tratado como aberração em um circo humilhado por sua aparência, mas que abrigava um ser humano sensível inteligente e gentil, retorno a cena do elefante na savana africana, simplesmente querendo existir em companhia dos seus iguais, protegido e protegendo perpetuando a vida, não é coincidência traçar um paralelo com a realidade atual, a selva em questão é a grande metrópole, o predador natural do homem é o próprio homem, cuidar e preocupar-se com os seus é requinte de alguns fora da ordem, acumular, usufruir, explorar, aparentar são os axiomas da modernidade, poder é a busca, fazer sofrer é o resultado, milhões de seres na abstração, quando nos seria tão fácil observar os exemplos da natureza.
Estamos como figurantes, protagonistas e expectadores no cenário moderno, tecnologicamente ultrapassamos nossos limites constantemente, mas a despeito de tanta evolução, os fatos me forçam a dizer que em alguns dias gostaria de ser um elefante...
Texto: André Soares
Parei pra pensar no comportamento incomum dos elefantes, são voltados para a manada, amorosos com seus filhotes, prestativos e têm uma memória poderosa marcando inclusive o local de seus mortos e quando encontram seus esqueletos os acaricia com sua tromba, um belo exemplo para a humanidade.
Paradoxalmente imaginei como deveria ser um elefante, enorme, com as presas de marfim cobiçadas por seu valor, um alvo onde os filhotes fêmeas e machos são permanentemente acuados, do que realmente estou falando? do ser humano ou do elefante, quem apresenta comportamento equilibrado e natural? quem trata a vida com respeito?
Sinceramente estabeleceu-se a confusão, relembrei o filme O Homem Elefante, da vida miserável que John Merrick, tratado como aberração em um circo humilhado por sua aparência, mas que abrigava um ser humano sensível inteligente e gentil, retorno a cena do elefante na savana africana, simplesmente querendo existir em companhia dos seus iguais, protegido e protegendo perpetuando a vida, não é coincidência traçar um paralelo com a realidade atual, a selva em questão é a grande metrópole, o predador natural do homem é o próprio homem, cuidar e preocupar-se com os seus é requinte de alguns fora da ordem, acumular, usufruir, explorar, aparentar são os axiomas da modernidade, poder é a busca, fazer sofrer é o resultado, milhões de seres na abstração, quando nos seria tão fácil observar os exemplos da natureza.
Estamos como figurantes, protagonistas e expectadores no cenário moderno, tecnologicamente ultrapassamos nossos limites constantemente, mas a despeito de tanta evolução, os fatos me forçam a dizer que em alguns dias gostaria de ser um elefante...
Texto: André Soares
Imagen: Filme - O Homem Elefante
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